ATIVIDADE 1ºC - GEOGRAFIA
GEOPOLÍTICA DO MUNDO CONTEMPORÂNEO
Objetivo:
Relacionar as várias formas de se obter a
regionalização do espaço mundial buscando compreender o papel dos Estados
Unidos da América e a Nova “Desordem” Mundial, além dos conflitos regionais e
os deserdados da Nova Ordem Mundial.
CONFLITOS MUNDIAIS
Segundo a ONU, existem atualmente 30 regiões do
mundo com a presença de conflitos armados. A maior parte destes conflitos
envolve disputas por território e inclui, dentre as motivações, diferenças
étnicas, religiosas e o controle de recursos naturais. Para além dos conflitos
em andamento, existem ainda zonas de grande tensão geopolítica, como é o caso
da Coreia do Norte e do Irã. Outros casos incluem a presença de movimentos
separatistas de intensidade variável, mas que criam instabilidades políticas e
econômicas regionais, como os casos do Quebec (Canadá), País Basco e Catalunha
(Espanha) e Irlanda do Norte.
Antes
de se iniciar o estudo da Geopolítica, é necessário compreender a diferença
entre Estado e nação.
Um estado é
constituído por três elementos fundamentais: um território, uma população e um
governo soberano. Onde há um território geograficamente delimitado, uma
população que nele habita e um governo soberano que o governa, há um Estado.
Uma nação,
por outro lado, é um grupo social cujos membros compartilham do mesmo idioma,
das mesmas raízes culturais, do mesmo padrão básico de costumes e do mesmo
passado histórico. Uma nação pode ou não compartilhar da mesma religião. É
importante ressaltar que uma nação se define culturalmente – não racialmente.
Exemplificando: os brasileiros formam uma nação mesmo que as origens étnicas do
povo brasileiro sejam múltiplas: italiana, portuguesa, espanhola, japonesa,
africana, etc.
O
conceito de estado não deve ser
confundido com o de nação. Estado significa unidade política, não
necessariamente cultural. Há nações que não possuem seu próprio estado. Por
outro lado, há países constituídos por várias nações. Isso significa que estado
e nação nem sempre coincidem geograficamente. É possível que uma única
nação viva em mais de um estado. Um exemplo disso é a nação coreana, que habita
dois países: Coreia do Norte e Coreia do Sul. Há também nações que não possuem
seu próprio estado: por exemplo, os 21 milhões de curdos que vivem no Iraque,
na Turquia, no Irã, na Síria e na Armênia. Os curdos são a maior nação do mundo
sem estado próprio. Sofrem constantes perseguições e massacres. Foram
massacrados pelo ex-ditador iraquiano, Saddam Hussein. No presente, estão sendo
atacados pelo Estado Islâmico (EI).
Atualmente
a maioria dos Estados contém várias nações, com a grande maioria da população
pertencendo à mesma nação. Isso pode ser visto no caso do Brasil que tem como
minoria às nações indígenas.
Inúmeros
conflitos mundiais derivam do fato que nações estão sobe o domínio político de
outra nação. Estudaremos, nesta aula, conflitos derivados de minorias dentro de
um Estado, Estados com duas nações predominantes e nações sem Estados.
A COREIA DO NORTE E A TENSÃO NUCLEAR
Trump afirma
que caso cruze esse limite, Kim Jong Un concluirá que ele pode impedir
Washington de proteger os seus aliados e assim estabelecerá as suas exigências
– de retirar restrições comerciais a expulsar tropas americanas, até a
reunificação da Coreia nos seus próprios termos. Por conta disso, os Estados
Unidos estão implementando uma “estratégia de pressão máxima”: cercar o
Conselho de Segurança em seções mais sólidas, pressionar a China a tomar mais
ações para sufocar a economia do seu vizinho, conduzir grandes simulações
navais e das forças aéreas, e sinalizar diretamente ou por meio de aliados do
Congresso que o país não teme um confronto militar. Até o momento, Trump está
deixando claro que busca a total desnuclearização da Coreia do Norte, o que é
algo muito improvável.
Tanto a China
quanto a Coreia do Sul apoiam sanções mais rígidas e estão frustrados com
Pyongyang na mesma proporção em que temem a possibilidade de uma ação militar
dos EUA. O presidente chinês, Xi Jinping, teme o caos trazido pela
possibilidade de guerra na península, um regime possivelmente alinhado com os
EUA e tropas americanas na sua porta, ele também teme que pressionar Pyongyang
possa precipitar uma agitação que poderia atingir a China. Em maio de 2018,
surpreendendo o mundo, Coreia do Norte e Coreia do Sul deram início a
conversações de paz, num aceno diplomático incomum no histórico dos dois países
rivais. No mesmo mês, os norte-coreanos destruíram algumas de suas áreas de
testes nucleares, no que pode ser um sinal de melhora na situação diplomática
na península coreana.
O TALIBÃ E O LONGO CONFLITO NO
AFEGANISTÃO
A Guerra
do Afeganistão teve início em 1979, e depois de um primeiro período de embate
entre soviéticos e afegãos, o conflito se expandiu e voltou a ganhar força a
partir de 2001. Atualmente, a luta é travada entre os Estados Unidos e aliados
contra o regime talibã.
Os EUA
iniciaram os ataques ao Afeganistão no dia 7 de outubro de 2001, com o apoio da
OTAN, mas contrários à vontade da Organização das Nações Unidas (ONU). O
objetivo era encontrar Osama bin Laden, seus apoiantes e acabar com o
acampamento de formação de terrorista instalado no Afeganistão, bem como o
regime talibã. Somente em 20 de dezembro do mesmo ano, o Conselho de Segurança
da ONU autorizou, por unanimidade, uma missão militar no Afeganistão. Esta
deveria durar apenas seis meses e proteger os civis dos ataques dos talibãs.
Reino Unido, Canadá, França, Austrália e Alemanha declararam o seu apoio aos
EUA. Em maio de 2011, Osama bin Laden foi morto por soldados americanos, num
ponto marcante do conflito repleto de batalhas, bombardeios, destruição e
milhares de mortos.
Em 2018, a
nova estratégia dos Estados Unidos para o Afeganistão acelera o ritmo das
operações contra uma revolta do Talibã, com mais forças dos EUA, ataques aéreos
americanos mais poderosos e ofensivas terrestres mais agressivas por forças
afegãs. O objetivo, segundo oficiais de alto escalão, é impedir o impulso do
Talibã e, eventualmente, forçá-lo a um acordo político. Por enquanto, porém, a
estratégia é quase exclusivamente militar. Contudo, é importante frisar
que atualmente o Talibã controla ou contesta mais territórios do que nunca
desde 2001; está mais bem equipado e, entre 2009 e 2012, resistiu a mais de 100
mil soldados dos EUA.
A CRISE HUMANITÁRIA NA REPÚBLICA
DEMOCRÁTICA DO CONGO
Segundo os
dados da ONU, 1,7 milhões de residentes do Congo foram forçados a fugir de suas
casas em 2017 — 5,5 mil pessoas por dia. No total, o número de pessoas
deslocadas atinge 4,21 milhões, com outros 7 milhões correndo o risco de fome.
Isso porque o Congo foi palco da Grande Guerra Africana, o mais sangrento
conflito armado desde a Segunda Guerra Mundial. Desde então, a situação no
Congo tem permanecido instável.
A guerra durou
cinco anos entre 1998 e 2003, matando 5,4 milhões de pessoas, segundo
estimativas. É o holocausto africano. Mas pouco se ouve falar sobre ele porque
ocorre na floresta densa de um continente esquecido, a África, não mata brancos
e não ameaça o Ocidente. É uma guerra travestida de conflito étnico, mas que
esconde interesses mundanos: os trilhões de dólares enterrados no solo vermelho
do leste do Congo.
O maior país
da África subsaariana é também o mais rico em recursos naturais, confiscados
desde a colonização belga. Hoje, essa riqueza financia as milícias sem que a
população civil seja beneficiada. Ao contrário disso, são explorados no
trabalho pesado das minas. Ouro, diamantes, coltan – minério que contém
tântalo, usado em aparelhos de celular e tablets – são contrabandeados para
países vizinhos como Ruanda, Uganda e Burundi. Calcula-se que apenas 10% das
minas do Congo sejam exploradas legalmente.
BASCOS, CATALÃES E O SEPARATISMO NA
ESPANHA
A Espanha,
assim como inúmeros outros Estados atualmente constituídos, é um território
multinacional, ou seja, é formada por várias nações ou por diversos grupos
étnicos regionais com identidade nacional diferenciada àquela do país ao qual
pertencem. Nesse sentido, esse território é um dos principais locais do mundo
em que há movimentos separatistas, com um forte clamor pela independência local
em busca da constituição de um novo país.
A existência
de movimentos separatistas na Espanha e em outros lugares do mundo chama a
atenção para a inconsistência da ideia de unicidade do Estado moderno, em que o
estabelecimento de suas fronteiras obedece mais a relações históricas de poder
do que propriamente ao sentimento de pertencimento de suas populações. Esse é o
caso dos catalães, que, assim como outros grupos étnicos espanhóis (tais como os
Bascos e os Navarros, outros povos da Espanha), possuem um forte sentimento
separatista, que é alimentado pelo nacionalismo arraigado que esse grupo
regional possui.
Os catalães,
além de uma identidade própria, possuem o seu idioma específico: o Catalão, uma
língua evoluída a partir do latim e que possui poucas semelhanças com o
espanhol. Além disso, eles agregam-se na região da Catalunha, uma província
autônoma da Espanha localizada ao sul da França, que possui até mesmo um
parlamento próprio, tem 7,5 milhões de habitantes e representa 19% do PIB
espanhol.
Os registros
mais antigos sobre a presença desse povo na região são do século XII. Durante
muitos anos, a Catalunha também integrou o reino de Aragão, em conjunção com o
domínio de Barcelona, mas foi com a Guerra de Sucessão Espanhola (1702-1714)
que o seu território passou a se tornar, de fato, parte do Estado Espanhol.
Após esse
período, a Catalunha começou a se diferenciar economicamente do restante do
território espanhol – assim como aconteceu com os Bascos –, tornando-se um dos
primeiros locais da Europa a seguir o processo inglês de industrialização. Foi
uma região pioneira na Primeira e na Segunda Revoluções Industriais,
urbanizando-se de forma intensa e constituindo cidades verdadeiramente desenvolvidas,
com destaque para a capital Barcelona.
Atualmente, a
região da Catalunha possui uma economia comparável à de Portugal, abrigando
muitas grandes empresas e sendo um dos principais centros comerciais e
turísticos da Espanha. Essa conjuntura, somada ao fato de a Espanha ter sido
uma das principais afetadas pela crise recente da União Europeia, vem
contribuindo ainda mais para o acirramento das relações entre o governo local e
a administração nacional.
Em termos
culturais, os catalães são muito diferentes do restante do país. O governo da
Catalunha, inclusive, faz questão de manter essas diferenças, haja vista que o
idioma oficial adotado é o catalão, que é ensinado nas escolas como a única
língua nacional, tendo o espanhol apenas como um dialeto estrangeiro. Em 2010,
um referendo na Catalunha estipulou a proibição sobre as Touradas, uma tradição
espanhola não comungada pela população catalã.
Apesar de
todas essas rusgas e diferenças, além das constantes pressões pela
independência, é importante considerar que não há nenhum tipo de conflito
armado nessa questão. Trata-se de um movimento político pacífico, em que
eventuais ações de violência costumam ser fortemente repudiadas pela população.
Já protestos e manifestações são comuns, mesmo sem um consenso entre os
habitantes sobre essa questão, já que nem todos são favoráveis, já os catalães
são favoráveis à independência da Catalunha.
1.
Após a leitura e análise do texto
responda o Formulário Abaixo
Devolutiva da aula:
Ø A
atividade deve ser entregue até o dia 23/05/2020.
Ø O
Formulário deve ser entregue até a data estipulada, após a data as respostas
serão desconsideradas.
Ø DÚVIDAS
PERGUNTAS SOBRE O TRABALHO ENTRE EM CONTATO EM DIAS ÚTEIS E HORÁRIO COMERCIAL
PELO WHATSAPP: (11) 932892667
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